ORIGEM

O algodão orgânico como base da moda sustentável

A Natural Cotton Color nasceu em 1995 como moda streetwear com o nome Francisca Vieira. Com a abertura das importações e a entrada de produtos têxteis e de moda pronta no Brasil, em 2005 a empresária identifica na Paraíba a oportunidade de desenvolver um projeto de moda diferenciada. Assim, escolhe como base de suas criações um produto ecológico, o algodão naturalmente colorido e orgânico, cuja pluma já nasce com a cor do produto final, livre de aditivos químicos.

Comparando com a fabricação de malhas e tecidos planos, o algodão colorido pode gerar economia de até 87,5% de água em relação aos processos convencionais de produção. Desta forma, a empresária cria a marca Natural Cotton Color e se empenha em produzir moda de forma que toda a cadeia produtiva seja totalmente sustentável.

No mesmo ano Francisca conheceu o Programa Texbrasil da Associação Brasileira da Industria Têxtil e de Confecção – ABIT que, com apoio da Agência de exportação ApexBrasil, promove empresas brasileiras interessadas no mercado internacional.

Naquele momento, a empresária convidou algumas pequenas empresas da região, que também começavam a sofrer os resultados preocupantes da avalanche de produtos asiáticos de baixo custo no Brasil, a formar o grupo Natural Cotton Color. O objetivo do grupo era desenvolver produtos somente a partir do algodão naturalmente colorido para tentar a inserção no mercado internacional.

Inicialmente, o grupo expôs nas feiras de moda em Paris e Londres. A aceitação foi imediata, mas veio acompanhada da grande exigência dos compradores estrangeiros por produtos ecológicos e sustentáveis com design, qualidade nos acabamentos e certificação de produto orgânico. Isso deu impulso no desenvolvimento de peças cada vez mais focadas no segmento de Valor Agregado e a buscar a primeira certificação com aceitação internacional.

Hoje, as empresas que compõem o grupo Natural Cotton Color -- sob a liderança de Francisca Vieira -- agregaram aos seus produtos nos segmentos de moda feminina, masculina, infantil e decoração, um verdadeiro exército de plantadores de algodão colorido, rendeiras, bordadeiras e artesãos de toda região Nordeste do Brasil, sobretudo da Paraíba. Todos trabalham com remuneração digna e muita autoestima, constituindo assim um exemplo de Cadeia Produtiva sustentável social e ecológica na indústria da moda brasileira.